O movimento global intitulado Transparência Internacional divulgou recentemente o Índice de Percepção da Corrupção 2020 (IPC). O último relatório destaca os efeitos da pandemia sobre as práticas das sociedades, governos, ambiente democrático, fluxo de capitais e corrupção. O estudo aponta ainda ligeira melhora da posição do Brasil no ranking.
O Índice de Percepção da Corrupção analisa desde 1995 a performance de 180 países no combate à corrupção e é considerado o mais importante relatório da área, sendo responsável pela elaboração de diversos estudos e iniciativas. Em uma escala que vai até 100, 70% dos países ainda apresentam pontuação abaixo de 50.
Melhora no Índice de Percepção da Corrupção
Embora bem abaixo da média, o Brasil apresentou uma tímida evolução de sua performance. Saímos de 35 pontos em 2019 (106ª posição) para 38 em 2020, ocupando o 94º lugar no ranking. Apesar disso, o país continua abaixo da média da América Latina, que é de 41 pontos e está no mesmo nível de países como Etiópia, Tanzânia e Sérvia.
Contraponto
O movimento Transparência Internacional alerta para o fato que o país enfrenta sérios retrocessos no combate à corrupção e aponta tanto os pontos positivos quanto negativos apurados. O apanhado destaca, por exemplo, que boa parte das autoridades locais melhorou a transparência de seus processos de compras. Em contrapartida, a pandemia da Covid-19 obrigou a flexibilização de regras na administração pública para atender às despesas de emergência.
O fato resultou em inúmeros casos de corrupção, escancarando as consequências mais perversas diante de uma crise humanitária. Por conta da falta de integridade, algumas pessoas ficaram até mesmo sem oxigênio para o tratamento por infecção da Covid-19. O relatório mostra ainda que, apesar da luta contra a corrupção ter sido bandeira dos políticos eleitos nos últimos anos, não há medidas concretas de enfrentamento do problema.
Recentemente foi publicado um plano anticorrupção do Governo Federal, mas nada foi efetivamente iniciado. A ideia é que esse projeto possa ajudar a reduzir os níveis de corrupção ainda existentes nas relações público-privadas, melhorando seus resultados no Índice de Percepção da Corrupção e atraindo investidores e capital estrangeiro.
Compliance
O cenário deixa evidente ainda a necessidade de que empresas brasileiras implementem programas de compliance mais abrangentes e que sejam realmente eficazes. O objetivo principal deve ser sempre o de manter princípios e ações éticas dentro da organização e nas relações com outras empresas, fornecedores, clientes, incluindo a administração pública.
Quanto antes as práticas de compliance forem adotadas, maiores são as chances de mitigar riscos relacionados à ocorrência de atos de corrupção, fraudes corporativas e desvios de conduta em geral. Nesse sentido, riscos bem mapeados podem garantir, inclusive, a rentabilidade da empresa.
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